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TEATRO

Mais conhecido por suas novelas, biografias ou por seus ensaios literários, Zweig escreveu nada menos que doze peças de teatro entre 1907 e 1929. Tersites, sua obra dramática, estreou simultaneamente em dois palcos, Kassel e Dresden. O jovem autor, então com apenas 27 anos, foi elogiado pela crítica pela ousadia de colocar em primeiro plano um anti-herói, o feio e antipático Tersites, opção ideológica que repetiria em várias outras obras.
Em 1912, quatro anos depois de seu primeiro sucesso no palco, duas novas obras teatrais de Zweig foram novamente ovacionadas pela crítica e pelo público: O comediante transformado (Der verwandelte Komödiant), peça em um ato com texto divertido que se passa na época do rococó, e A casa ao mar (Das Haus am Meer). Para esta última, Zweig escolheu um tema histórico que coloca em primeiro plano o tema da dignidade humana: a participação de mercenários alemães na guerra de libertação americana. A estréia em Hamburgo, em novembro, coincide com o início do relacionamento amoroso de Zweig com sua primeira mulher, Friderike von Winternitz.
Em fevereiro de 1918, em plena Primeira Guerra Mundial, estreou em Zurique com grande êxito o drama pacifista Jeremias. O próprio Zweig, em carta para o grande dramaturgo alemão Gerhart Hauptmann, considerou este libelo contra a guerra como sendo sua primeira grande obra. O profeta Jeremias foi o primeiro de seus personagens cuja derrota significa um triunfo moral, e a débâcle da cidade de Jerusalém simboliza os horrores da guerra e da destruição na Europa. Não por acaso, como cita Alberto Dines na biografia Morte no paraíso, o rabino Lemle escolheu um trecho do Jeremias para ler no cemitério de Petrópolis, durante o enterro de Zweig e sua segunda mulher, Lotte Altmann.
Ainda em 1918 (em dezembro), estreou em Hamburgo a peça Lenda de uma vida (Legende eines Lebens) . Até 1929, Zweig produziu ainda as obras dramáticas Adam Lux, O cordeiro do pobre (Das Lamm des Armen), Quiproquó e Volpone, este último, baseado em um texto de Ben Jonson e posteriormente também transformado em filme. Além disso, escreveu o esboço para um balé musical Marsyas e Apolo, o libreto para a ópera A mulher silenciosa (Die schweigsame Frau), de Richard Strauss(veja Sala de Música) e sinopses com idéias para uma ou duas óperas de Strauss para o libretista que o sucedeu.
Muitas outras obras de Zweig, como Uma partida de Xadrez e algumas biografias, também foram adaptadas para os palcos. No Brasil, o TBC, sob a direção do – também refugiado – polonês Zbgniev Ziembinsky, montou o Volpone, em 1955. Uma curiosidade: um grupo teatral, o Abaçaí Cultural e Arte, teve seu berço na Escola Estadual Stefan Zweig, na Zona Leste de São Paulo (ver em site).

Algumas montagens e leituras dramáticas